A origem do Rapé: O rapé, originado do francês “râper,” que significa raspar, representa muito mais do que simples tabaco ou fumo. Porém no Brasil, esse hábito foi difundido até o início do século XX, ora visto como um hábito elegante, ora como um vício conforme mencionado nas obras de Machado de Assis, Helena Morley e Eça de Queirós.
A Elegância nas Caixinhas Nobres
No auge de sua popularidade, vendia-se o rape em caixinhas feitas dos mais diversos materiais, desde prata até papel machê, assemelhando-se às conhecidas tabaqueiras de fósforo. Algumas dessas caixas eram verdadeiras joias, finamente decoradas, refletindo o requinte associado a esse hábito.
O Ritual do Ralar e Consumir
Você poderia adquiri o pare de varias formas. Poderia ser comprado pronto para consumo ou em pedaços de fumo inteiro. No último caso, um minúsculo ralador era utilizado para obter um cheiro de qualidade superior, paralelo ao ritual de moer grãos de café na hora para garantir um aroma excepcional.
O Rapé nas Culturas Indígenas
A origem do Rapé: As populações indígenas do Brasil não apenas consumiam rapé, mas também produziam tabaco moído para esse fim. Utilizava-se pilões de caviúna, o aroma delicado da madeira incorporava-se ao tabaco, sendo hermeticamente armazenado em frascos ornamentados de ossos.
A Chegada do Rapé à Europa
O uso do rapé pelos povos taíno e caraíba das Antilhas foi observado pelo monge franciscano Frei Ramón Pane durante a segunda viagem de Colombo ao Novo Mundo, em 1493. O retorno do Frei à Espanha com rapé marcou o início da presença do hábito na Europa, persistindo por séculos.
O Monopólio Espanhol e a Real Fábrica de Tabacos
No século XVI, a Casa de Contratação espanhola monopolizou o comércio de tabaco e estabeleceu as primeiras indústrias de fabricação de rapé em Sevilha. A Real Fábrica de Tabacos, construída no século XVIII, tornou-se a primeira fábrica de tabaco industrial da Europa.
A Nobreza Francesa e a Revolução do Rapé
A origem do Rapé: Jean Nicot, embaixador da França em Lisboa, introduziu o rapé na corte de Catarina de Médici no início do século XVI. Catarina, impressionada com suas propriedades curativas, denominou-o Herba Regina, contribuindo para sua popularização entre a nobreza francesa.
O Rapé na América do Norte e Inglaterra
No início dos anos 1600, o rapé tornou-se uma mercadoria cara de luxo. John Rolfe, marido de Pocahontas, introduziu-o na América do Norte em 1611. O uso do rapé na Inglaterra aumentou após a Grande Praga de Londres, impulsionado pela crença em suas propriedades anti-sépticas.
Desafios e Proibições
Apesar da crescente popularidade, o rapé enfrentou desafios, como a proibição do Papa Urbano VIII em igrejas e as medidas draconianas do czar Miguel na Rússia. No entanto, esses obstáculos não impediram que o rapé persistisse como um hábito apreciado.
Em suma, a história do rapé é uma jornada fascinante que transcende o simples ato de consumir tabaco. Do requinte das caixinhas nobres à sua introdução nas cortes europeias, o rapé teceu sua história através dos séculos, resistindo a proibições e desafiando a norma. Este artigo não apenas explora a evolução do rapé, mas também destaca sua influência em diferentes culturas, revelando-se como uma prática enraizada na complexidade da história.
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