Farinha de Cruzeiro do Sul: Identificação Geográfica: Farinha de Cruzeiro do Sul: Identificação Geográfica: Na fascinante jornada da produção de farinha de mandioca em Cruzeiro do Sul, Acre, encontramos uma narrativa rica em história, tradição e qualidade. Este artigo é o resultado de projetos de pesquisa da Embrapa Acre, que, em parceria com várias instituições do estado, dedicou esforços incessantes ao longo de 12 anos. Vamos explorar a trajetória desde a caracterização da cadeia produtiva até a conquista da almejada Indicação Geográfica (IG), um marco que destaca a singularidade e excelência da ‘farinha de Cruzeiro do Sul’.
O Território da Cidadania do Vale do Juruá
A saga começou no Território da Cidadania do Vale do Juruá, no Acre, onde a mandioca desempenha um papel fundamental na vida dos agricultores familiares. As pesquisas abrangeram a melhoria do processo de produção da mandioca, a definição de padrões de identidade e qualidade da farinha e o georreferenciamento das unidades de produção. Esse esforço meticuloso culminou na identificação do potencial da região para a solicitação da IG.
A Busca pela Identidade e Qualidade
A ‘farinha de Cruzeiro do Sul’ não é apenas uma tradição secular, mas uma identidade local intrínseca à região. Originária da adaptabilidade dos agricultores indígenas e não indígenas aos métodos trazidos por imigrantes nordestinos, essa produção artesanal é mais do que um alimento; é um legado que transcende gerações. A qualidade do produto é reconhecida nacionalmente, sendo a IG um testemunho oficial desse reconhecimento.
O Processo de Solicitação da Indicação Geográfica
O propósito central das pesquisas foi auxiliar os produtores na solicitação da IG, proporcionando informações abrangentes para demonstrar o potencial da região. Desde a coleta de dados geográficos até a vinculação do produto com sua fama e qualidade, cada passo foi cuidadosamente executado. Esse processo minucioso e colaborativo envolveu diversas instituições, refletindo o compromisso coletivo com a preservação e promoção da tradição da farinha de mandioca.
A Identidade Local que Conquistou o Reconhecimento Nacional
A produção da ‘farinha de Cruzeiro do Sul’ é um testemunho vivo da coexistência harmoniosa entre tradição e inovação. O reconhecimento nacional, expresso pela concessão da IG, reforça não apenas a qualidade do produto, mas também a resiliência dos agricultores familiares do Vale do Juruá. Este não é apenas um alimento; é a expressão viva de uma comunidade que preserva suas raízes enquanto se adapta às demandas contemporâneas.
Conclusão
A conquista da Indicação Geográfica da Farinha de Mandioca de Cruzeiro do Sul é mais do que um marco legal; é o reconhecimento formal de uma tradição que resistiu ao teste do tempo. Os agricultores familiares, as instituições parceiras e as fontes de financiamento colaboraram para moldar não apenas a IG, mas também a história viva da região. Ao compartilhar essa jornada, celebramos não apenas a farinha de mandioca, mas o espírito resiliente e inovador que a sustenta.
Esperamos que este Blog sirva como uma homenagem à riqueza cultural e à excelência da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul, Acre.